O candidato à Prefeitura de Sorocaba, Danilo Balas (PL), que se apresenta como defensor da austeridade fiscal e do uso consciente do dinheiro público, divulgou recentemente seus gastos de campanha à Justiça Eleitoral. Entre os números mais chamativos, estão R$ 480 mil destinados à contratação de militância e mais de R$ 200 mil em serviços de marketing digital, levantando questionamentos sobre a coerência entre suas promessas de campanha e a gestão dos recursos eleitorais.
A contratação de militância, que representa quase meio milhão de reais, refere-se ao pagamento de aproximadamente 160 pessoas para acompanhar o candidato em atividades de rua. Apesar de ser uma prática comum em campanhas, o montante gera críticas por parte de setores da sociedade e de adversários políticos, que consideram o valor excessivo, especialmente quando comparado ao discurso de austeridade pregado por Balas.
Críticos apontam que, enquanto o candidato faz promessas de responsabilidade fiscal e de zelo com os recursos públicos, seus gastos de campanha sugerem o contrário. “É contraditório. Ele fala em economizar o dinheiro da cidade, mas gasta quantias exorbitantes com algo que deveria ser voluntário ou menos custoso”, comentou um eleitor local.
Balas, até o momento, não respondeu aos comentários sobre os gastos. Candidatos próximos defende que as despesas estão dentro da legalidade e são proporcionais à estrutura necessária para uma campanha de grande alcance em uma cidade como Sorocaba. No entanto, a ausência de uma justificativa mais detalhada por parte do candidato só intensifica as críticas e questionamentos sobre seu compromisso com a boa gestão.
A falta de resposta por parte de Balas também agrava as preocupações entre eleitores e analistas políticos, que esperam uma posição clara sobre como ele pretende, de fato, lidar com os recursos públicos caso seja eleito. Afinal, a maneira como o fundo eleitoral está sendo utilizado pode ser um indicativo de sua postura em um eventual governo. Em tempos de demandas sociais urgentes e cortes orçamentários em áreas essenciais, a sociedade questiona se esse é o tipo de gestão financeira que Sorocaba realmente precisa.