É no mínimo contraditório que um deputado estadual, conhecido por afirmar que defende os mais pobres, comemore a instalação de novos pedágios ao lado do governador. A implementação de 18 novos pontos de cobrança na região de Sorocaba representa um aumento significativo no custo de deslocamento para os cidadãos. Embora o sistema de free flow ofereça conveniência ao eliminar as cabines, o impacto financeiro para quem depende dessas vias para trabalhar ou acessar serviços básicos é inevitável.
A promessa de “defender os mais pobres” parece fragilizar-se quando consideramos que o valor dos pedágios pode ser um fardo para a população de baixa renda, especialmente em uma região onde muitos não têm alternativa viária. Em tempos de alta no custo de vida, o aumento de tarifas sobre transporte agrava ainda mais as desigualdades, afastando as promessas da realidade dos mais necessitados.
Os novos pedágios serão pórticos que funcionarão com o sistema de tarifação automática, conhecido como free flow, que substituirá as praças de pedágio tradicionais. O free flow permite a cobrança sem a necessidade de cabines ou barreiras físicas, ou seja, o motorista não precisa parar o veículo para pagar.
Os valores dos pedágios vão variar de R$ 0,86 a R$ 12,20, dependendo do trecho, e a cobrança será nos dois sentidos.
A concessão da Rota Sorocabana abrange 12 rodovias, entre elas a Castelo Branco (SP-280), a Santos Dumont (SP-075), a Raposo Tavares (SP-270) e a Dr. Celso Charuri (SPI-091/270)