Sorocaba enfrenta uma crescente crise de segurança pública, e, em meio a esse cenário preocupante, um fator chama atenção: as motocicletas da Guarda Civil Municipal (GCM), que haviam sido recuperadas durante a gestão do ex-secretário Alexandre Caixeiro, estão novamente abandonadas sob a administração do atual secretário de Segurança Urbana, Beto Maia. A inoperância da gestão atual contrasta fortemente com a anterior, que havia resgatado esses veículos do sucateamento e os colocado em operação para patrulhamento nas ruas.
A utilização de motocicletas nas forças de segurança é uma estratégia amplamente reconhecida por sua eficiência. A agilidade proporcionada pelos veículos de duas rodas permite que agentes cheguem rapidamente a locais de ocorrência, principalmente em áreas urbanas de tráfego intenso. Além disso, o custo de manutenção e operação de uma motocicleta é significativamente menor do que o de viaturas convencionais, tornando-a uma alternativa viável para otimizar o policiamento ostensivo e preventivo.
O abandono dessas motocicletas em Sorocaba é um sintoma grave da falta de planejamento e compromisso com a segurança da população. Enquanto crimes aumentam e a sensação de insegurança cresce, a atual administração se mostra incapaz de manter recursos fundamentais em funcionamento. O contraste entre gestões evidencia a falta de prioridade dada pelo atual secretário e expõe a ineficiência de um modelo administrativo que parece não compreender a importância da mobilidade ágil na segurança pública.
Outro ponto que merece destaque é a figura do chamado “terapeuta de segurança pública”, uma designação controversa que parece não traduzir ações concretas para a melhoria da segurança na cidade. Ao invés de estratégias eficazes e investimentos em infraestrutura e equipamentos, a gestão atual parece apostar em discursos vazios e na descontinuidade de projetos bem-sucedidos do passado. A população de Sorocaba, que sofre diariamente com furtos, roubos e outros crimes, merece uma administração mais responsável e comprometida com a efetiva proteção de seus cidadãos.
A pergunta que fica é: até quando recursos essenciais para a segurança pública continuarão sendo negligenciados? Se a gestão anterior conseguiu recuperar veículos abandonados e colocá-los em uso, por que a atual administração não consegue ao menos mantê-los operacionais? A omissão da Secretaria de Segurança Urbana precisa ser cobrada, pois a segurança da população não pode ficar refém da ineficiência governamental.
