Rodrigo Manga, o prefeito de Sorocaba, parece ter trocado um vício por outro. De acordo com um psiquiatra que preferiu não se identificar, o ex-usuário de drogas agora busca sua dose diária de dopamina na política, nas redes sociais e na viralização de seus vídeos. A sede por reconhecimento se tornou sua nova compulsão, e sua trajetória recente apenas reforça essa tese.
Leia a matéria de ontem: https://sorocabano.com/2025/03/13/sorocaba-esta-sem-prefeito/
Nossa matéria de ontem destacou que Sorocaba está sem prefeito de fato, pois Manga parece mais preocupado em projetar sua imagem para alçar voos mais altos, seja para governador, senador ou deputado federal. A cidade, enquanto isso, fica à mercê de uma administração ausente, enquanto o prefeito se dedica à sua autopromoção.
O episódio mais recente dessa busca incessante por visibilidade ocorreu nesta sexta-feira (14), quando Manga, um aliado de Tarcísio de Freitas e do bolsonarismo, sentou-se ao lado de Geraldo Alckmin e do presidente Lula para receber duas ambulâncias. O gesto poderia ter sido apenas uma formalidade administrativa, mas não. Em vez de enviar um secretário – um nome que, aliás, já esteve filiado ao partido de Lula –, Manga fez questão de estar presente, tentando surfar em qualquer onda política que lhe rendesse notoriedade.
No entanto, o que encontrou foi um público vestido de vermelho, empunhando bandeiras e entoando vaias e gritos de “Fora Manga”. Um espetáculo constrangedor para quem tentou se fazer presente em todas as frentes políticas, sem qualquer coerência ideológica. Nos últimos dias, estava reunido com Bolsonaro; hoje, se coloca ao lado de Lula. Sua única ideologia aparente é a busca incessante pela aceitação e pela manutenção de sua imagem pública.
O psiquiatra estava certo. Rodrigo Manga age como um político sem raízes, sem compromissos sólidos com um projeto real de cidade ou de país. Seu verdadeiro objetivo não é governar Sorocaba, mas sim garantir sua próxima dose de visibilidade. Resta saber até quando os cidadãos tolerarão essa política do espetáculo e do personalismo vazio.
