O Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, parece estar em uma busca incessante pelo poder, transformando a administração da cidade em um verdadeiro show midiático. Agora, sua mais recente ambição é alçar voos ainda mais altos: quer se tornar Presidente da República. No entanto, sua gestão é marcada não por realizações concretas, mas por uma estratégia de entretenimento populista que inclui desde patinetes elétricos, carregadores de celular, até a proposta de uma praia artificial em plena cidade. Um ciclo contínuo de “pão e circo” destinado à população mais carente.
Enquanto os holofotes estão voltados para essas iniciativas fêteis, a realidade da saúde pública em Sorocaba contrasta fortemente com a propaganda oficial. Filas intermináveis para exames essenciais como ressonância magnética, raio-x e tomografia são o reflexo da falta de planejamento e priorização. Além disso, medicamentos básicos, como insulina para diabéticos, estão em falta nas unidades de saúde, afetando diretamente a qualidade de vida da população que depende do SUS.
Mas a saga de Manga pelo poder não para por aí. Sua administração é marcada por nomeações polêmicas, muitas delas de pessoas sem qualificação para os cargos que ocupam. Um exemplo notável é a escolha de Beto Maia, um terapeuta sem experiência em segurança pública, como Secretário de Segurança Urbana. Maia, que já enfrentou problemas administrativos e acusações graves em suas empresas em Araçoiaba da Serra, agora tem em suas mãos a responsabilidade por um dos setores mais sensíveis da cidade.
Além disso, Manga enfrenta sérios problemas judiciais, com bens bloqueados pela Justiça devido a supostas compras ilegais realizadas durante seu governo. Mesmo diante dessas adversidades, ele insiste em se apresentar como um líder populista que busca ampliar sua influência, anunciando sua pré-candidatura à Presidência. No entanto, essa jogada política parece mais uma estratégia desesperada do que um projeto realista. O cenário nacional é bem diferente do municipal, e os grandes nomes da política nacional dificilmente permitirão que essa candidatura avance.
A tendência é que, em breve, a realidade política se imponha e Manga recue, alegando que tudo não passou de uma estratégia. O problema é que essa “estratégia” não apenas compromete sua credibilidade, mas também escancara o descaso com que sua administração tem tratado os problemas reais de Sorocaba. No fim, o maior prejudicado continua sendo o cidadão, que vê sua cidade ser transformada em um palanque político ao invés de um lugar melhor para se viver.
