Após a trágica morte de uma criança na chamada “Praia do Manga”, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), determinou que os secretários Fernando Marques e Samyra Toledo realizassem uma reunião emergencial para mostrar o que chamou de “presença do governo” no local.
A decisão da gestão municipal foi escalar comissionados e Guardas Civis Municipais (GCMs) para permanecerem de plantão diariamente entre 9h e 18h na área improvisada como ponto turístico. A medida, no entanto, gerou indignação entre os servidores.
Guardas Municipais relataram que a região carece de infraestrutura mínima para um plantão desse porte: não há banheiros, cobertura contra o sol, área de refeição ou local apropriado para descanso. A improvisação preocupa ainda mais diante das responsabilidades atribuídas — entre elas, a de agir em casos de salvamento ou afogamento, mesmo sem treinamento adequado ou condições básicas de segurança.
Comissionados convocados para atuar na área revelaram, de forma anônima, que sequer sabem nadar, expondo ainda mais o caráter improvisado da ação do Executivo.
A “Praia do Manga” — nome dado popularmente a uma área de represa promovida pela Prefeitura como ponto de lazer — vem sendo alvo de críticas por falta de estrutura e segurança, especialmente após a divulgação de vídeos nas redes sociais do próprio prefeito incentivando a visita ao local. Agora, sob a sombra de uma tragédia, a gestão tenta conter os danos com ações que, segundo servidores, expõem ainda mais o despreparo e a negligência do poder público.
