SOROCABA (SP) – Uma tragédia chocante e, segundo especialistas, totalmente evitável, marcou a sexta-feira (2) em Sorocaba. Uma criança faleceu vítima de afogamento em uma estrutura improvisada chamada de “praia”, criada pelo prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). O espaço, divulgado de forma intensa nas redes sociais como um novo ponto de lazer da cidade, não possuía salva-vidas, estrutura de resgate ou protocolos de segurança adequados.
A morte da criança causou comoção e revolta entre os moradores da cidade. Muitos questionam a responsabilidade direta da prefeitura ao inaugurar um local com acesso à água sem nenhuma condição mínima de segurança. “Era uma tragédia anunciada”, afirmou um morador do bairro. “Desde o começo, todo mundo sabia que isso ia dar problema. E agora, tem uma família destruída por puro populismo”, completou.
O prefeito Rodrigo Manga, que já vem sendo alvo de críticas por sua gestão pautada em ações midiáticas, agora enfrenta a repercussão de uma tragédia que muitos consideram fruto da irresponsabilidade administrativa. Em busca de engajamento nas redes sociais, o prefeito tem promovido iniciativas polêmicas, como a instalação da “praia” sem respaldo técnico.
Inclusive contra um Decreto em Vigor, nº 25.947, de 21 de outubro de 2020, Art. 7º XX – nadar no lago e realizar quaisquer atividades em suas águas, excetuando-se os casos autorizados previamente pela administração do Parque;
Apesar de sua atual pré-candidatura à presidência da República, Rodrigo Manga vem sendo cotado também como possível candidato a deputado federal ou estadual. No entanto, a comoção e o luto que tomaram conta da cidade nesta sexta-feira podem se transformar em um ponto de inflexão na trajetória política do prefeito. Parlamentares da oposição já falam em abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal para apurar as responsabilidades pela criação da estrutura e, sobretudo, pela ausência de protocolos de segurança.
