SOROCABA — O vereador Henri Arida (MDB) protagonizou nesta quarta-feira (7) um momento digno de roteiro de comédia política: assinou o pedido de abertura da CPI que pretende investigar contratos da saúde pública em Sorocaba — mas, segundo bastidores, pode ter feito isso… sem querer querendo.
A assinatura elevou para oito o número de parlamentares que apoiam a investigação. Faltando apenas uma para que a CPI seja instaurada, a adesão de Henri, no entanto, pode durar pouco. Nos bastidores da Câmara, já se fala em arrependimento e possível retirada da assinatura — repetindo o movimento do vereador Alexandre da Horta (Solidariedade), que assinou e recuou na mesma velocidade de um episódio de 30 minutos.
A CPI surgiu após a Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que apura contratos entre a Prefeitura de Sorocaba e a organização social Aceni, responsável pela gestão da UPA do Éden e da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Oeste. A proposta foi apresentada pelos vereadores Izídio de Brito, Iara Bernardi, Fernanda Garcia e Raul Marcelo — todos determinados a abrir a caixa-preta da saúde municipal.
Para ilustrar o episódio tragicômico, o Sorocabano.com preparou uma montagem do vereador Henri Arida como o personagem Chaves — afinal, nada como uma boa imagem para representar quem entra numa CPI como quem entra num barril: meio sem saber por quê.
Enquanto a cidade observa se a assinatura vai ou não permanecer, uma pergunta paira no ar da Câmara: foi ingenuidade, distração ou um “foi sem querer querendo” mesmo?