Um novo episódio evidencia o descaso com o patrimônio público em Sorocaba. Um veículo oficial da Secretaria da Cidadania foi furtado de dentro do próprio pátio da pasta, localizado na Avenida Santa Cruz, nº 116. O caso escancara a ausência de medidas básicas de segurança e levanta questionamentos sobre a gestão e responsabilidade dos órgãos públicos municipais.
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, o furto foi constatado na manhã de terça-feira (29), por servidores da própria secretaria. O veículo, que estava estacionado em um espaço supostamente fechado com cadeado, não estava mais no local quando os servidores chegaram. Outro automóvel estacionado no mesmo pátio foi encontrado danificado.
A Secretaria ao sentir falta do veículo, não registrou de imediato o roubo do veículo, segundo informações após a imprensa local iniciar questionamentos sobre o roubo do veículo que a Secretária Ana Claudia foi se preocupar em encaminhar o caso a Polícia Civil. Tanto que no momento da edição da matéria ás 18:04 não existia se quer o bloqueio do veículo no aplicativo Sinesp Cidadão. Conforme demonstrado na imagem abaixo:

O carro furtado foi posteriormente localizado em uma área verde ao lado de um ferro-velho, no Jardim Abaeté, pela Ronda Municipal (Romu), da Guarda Civil Municipal. Do veículo, no entanto, foram subtraídos diversos itens, incluindo a bateria, que acabou sendo encontrada no próprio ferro-velho. A peça havia sido vendida ao proprietário do local por uma pessoa que foi vista mexendo no automóvel da prefeitura.
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Urbana (Sesu) informou que o ferro-velho foi autuado administrativamente por não possuir licença de funcionamento e interditado por desvio de finalidade. O proprietário foi encaminhado ao Plantão da Polícia Civil para o registro da ocorrência e demais providências criminais.
Apesar da recuperação do veículo, o caso levanta sérias preocupações sobre a condução da segurança patrimonial da cidade. A Secretaria da Cidadania não possui qualquer sistema de monitoramento eletrônico ou alarme, mesmo sendo responsável por veículos e equipamentos públicos. O episódio também expôs a falta de preparo técnico da própria Guarda Civil Municipal, que, ao encontrar o veículo, não preservou o local como cena de crime, contrariando procedimentos recomendados em casos de furto ou roubo de bens públicos.
A condução do caso revela a negligência da gestão do secretário de Segurança Urbana, Beto Maia, e a fragilidade do aparato de proteção dos bens públicos. Situações como essa não apenas representam um prejuízo direto aos cofres públicos, mas também transmitem à população uma imagem de abandono e desorganização.
Diante do ocorrido, espera-se uma postura mais responsável por parte da administração municipal, com a adoção de políticas eficazes de segurança patrimonial, capacitação adequada das forças de proteção e transparência na apuração dos fatos. Afinal, cuidar do patrimônio público é respeitar o cidadão.