‘Que não falte pólvora’: a gestão desastrosa que envergonha Sorocaba do filme “Dois Idiotas em Apuros”

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Sorocaba, outrora conhecida por sua pujança industrial e crescente desenvolvimento, hoje protagoniza um triste espetáculo de desgoverno — protagonizado não por gestores públicos, mas por aspirantes a influenciadores digitais. O filme “Debi & Loide: Dois Idiotas em Apuros” parece ter ganhado uma adaptação municipal involuntária, estrelada pelo Prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) e sua Secretária de Cidadania, Ana Claudia Fauz. A diferença? O filme hollywoodiano é ficção e tem roteiro. Em Sorocaba, a comédia é involuntária, trágica e real.

Rodrigo Manga, o autointitulado Prefeito-Tiktoker, mostrou que é possível ultrapassar todos os limites da sensatez em busca de “engajamento”. Em um vídeo lamentável, ele conseguiu ver o “lado bom” de uma guerra — isso mesmo, o lado bom de conflitos armados que ceifam vidas de crianças e civis inocentes. Segundo o prefeito, o conflito seria uma oportunidade de negócio para o Brasil, por conta da produção de fertilizantes nos países envolvidos. A frase, de uma frieza assustadora, revela não apenas a falta de empatia, mas também uma total ausência de noção geopolítica e de responsabilidade institucional.

Uma matéria também foi publicada pelo PortalPorque que mostra a imagem da postagem:

Se isso não fosse suficiente, temos a atuação paralela — porém igualmente desastrosa — de Ana Claudia Fauz, Secretária de Cidadania, que ao custo de R$ 22 mil mensais, dedica seus dias a comentar postagens nas redes sociais do Prefeito. Mais do que bajulação pública, Ana Claudia foi além: escreveu a frase “que não falte pólvora para Israel”, uma incitação direta à violência em um contexto de guerra. Ainda que o apoio a Israel possa ser debatido, jamais cabe a um gestor público incitar ou glorificar a continuidade de um conflito armado, especialmente em um canal oficial de comunicação.

É a consolidação do que podemos chamar de governo da lacração, onde o critério de sucesso é o número de curtidas e visualizações, e não políticas públicas de verdade. Sorocaba virou cenário de um reality show barato, onde os protagonistas ocupam cargos públicos sem qualquer senso de responsabilidade, sensibilidade ou filtro ético.

Governar não é entreter. Liderar não é performar. E representar uma cidade de mais de 700 mil habitantes exige mais do que frases feitas e vídeos virais. Exige preparo, respeito e, sobretudo, decência.

O que se vê em Sorocaba é o avesso da gestão pública: uma tragicomédia em rede nacional.

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