Os posicionamentos recentes da vereadora Tatiane Costa (PL) despertam questionamentos sobre sua conexão com as necessidades urgentes dos sorocabanos. Enquanto a cidade enfrenta crises causadas por enchentes e alagamentos, com famílias perdendo móveis, veículos e até suas casas, a vereadora escolheu votar contra o Projeto de Lei nº 4/2025, que poderia viabilizar obras estruturais para mitigar esses problemas.
Tatiane justificou sua posição alegando responsabilidade fiscal e preocupação com o endividamento em moeda estrangeira, destacando a volatilidade do dólar e o impacto potencial no orçamento público. A vereadora afirmou ainda que alternativas, como a securitização de créditos tributários prevista na Lei Complementar nº 208/2024, seriam mais eficazes e menos onerosas. Contudo, a questão que permanece é: será que a vereadora realmente entendeu a urgência da situação e o funcionamento dos trâmites legislativos?
O empréstimo em questão não geraria uma dívida imediata, pois ainda passaria por análises futuras na Câmara antes da liberação dos recursos. Essa é uma prática comum em administrações públicas para garantir planejamento a longo prazo, especialmente em situações emergenciais como as enfrentadas por Sorocaba. Além disso, a proposta foi complementada por emenda do vereador Roberto Freitas (PL), colega de partido de Tatiane, que tentou explicar a importância do projeto para atender a população mais afetada.
Outro ponto controverso levantado por Tatiane foi sua crítica à inclusão da Agenda 2030 da ONU no uso do crédito. Segundo ela, trata-se de uma pauta “globalista” que não atende às necessidades locais. Porém, é inegável que muitos dos objetivos da Agenda 2030, como infraestrutura sustentável e redução de desigualdades, poderiam trazer benefícios diretos à cidade.
A vereadora também defendeu que combater problemas como violência doméstica não requer a criação de novas secretarias, mas sim o fortalecimento de políticas já existentes, porém o Governo Federal só destinará verbas especificas para cidades com a Secretaria da Mulher. Apesar do discurso alinhado com princípios de austeridade, faltou empatia ao considerar que muitos dos sorocabanos não têm o privilégio de esperar enquanto alternativas, como a securitização, são avaliadas e implementadas.
É compreensível que Tatiane, no início de seu mandato, tenha preocupações legítimas com o endividamento público. Contudo, governar exige equilíbrio entre planejamento fiscal e a resposta às necessidades urgentes da população. Política não se faz com insegurança ou por meio de vídeos editados para redes sociais. É preciso ouvir, aprender e priorizar o que realmente importa: o bem-estar dos cidadãos.
No futuro, espera-se que a vereadora amadureça sua atuação e entenda que liderança vai além de críticas e teorias. Sorocaba precisa de ação, e o tempo para isso é agora.
O Projeto é inconcluso em vários aspectos, não fica claro tempo ela.quem serão feitas essas obras e não houve tempo hábil para apreciação, concordo com a Vereadora