Sorocaba tem se destacado nas redes sociais pela gestão do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), mas uma recente nomeação no secretariado municipal causou estranheza entre eleitores e analistas políticos. O motivo? A chegada de um ex-político ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT), partido que historicamente enfrenta grande rejeição na cidade.
PETISTA EM CARGO CHAVE
O escolhido para ocupar a Secretaria do Gabinete Central foi Eduardo Marchiori Leite da Silva, ex-vereador de Santo André por três mandatos e filiado ao PT durante toda sua trajetória política. Ele também foi candidato a deputado federal pelo partido em 2018, ficando como suplente, e disputou a prefeitura de sua cidade em 2024, terminando em quarto lugar com 35.212 votos.
A nomeação pegou muitos sorocabanos de surpresa, especialmente considerando que, na última eleição municipal, o candidato do PT, Paulinho dos Transportes, obteve apenas 12,46% dos votos, totalizando 44.447 sufrágios. A baixa adesão ao partido na cidade tem sido uma constante ao longo dos anos, tornando-se quase uma tradição nas urnas locais.
O QUE FAZ A SECRETARIA DO GABINETE CENTRAL?
A Secretaria do Gabinete Central é responsável por monitorar a execução de projetos governamentais, propor ajustes e recomendar melhorias para a gestão municipal. Também cabe à pasta identificar inconformidades e garantir que as diretrizes do Executivo sejam cumpridas.
UM ERRO ESTRATÉGICO?
A nomeação de Eduardo Leite gera questionamentos sobre a estratégia política do governo Manga. Seria uma tentativa de aproximação com setores da esquerda ou apenas uma decisão técnica? O fato é que trazer um nome com histórico no PT para um cargo tão próximo ao gabinete do prefeito é, no mínimo, curioso.
Em uma cidade onde a sigla petista jamais administrou o Executivo e segue acumulando derrotas expressivas, a presença de um ex-vereador do partido em um cargo de relevância gera discussões acaloradas. Resta saber como essa escolha será recebida pela população e, principalmente, pelos eleitores de Manga, que sempre se posicionaram contrários às ideias do PT nas urnas.