Durante sabatinas e compromissos públicos, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, afirmou que ampliaria o efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) em 300 novos agentes. No entanto, a realidade é bem diferente do que foi anunciado inicialmente. Ao invés de uma convocação imediata e robusta para reforçar a segurança da cidade, a Prefeitura adotou um cronograma diluído ao longo de quatro anos, deixando a população à mercê da criminalidade e da sensação de insegurança.
Até o momento, apenas 50 guardas iniciaram o curso de formação obrigatório, que tem duração de seis meses. Outros 50 foram convocados para iniciar o treinamento em março de 2025. Ou seja, passados os primeiros meses do novo mandato, apenas um terço dos prometidos 300 GCMs estará em processo de integração, ou seja, no primeiro ano existirá um acréscimo de apenas 50 GCMs no final de 2025. A promessa de ampliação da força da Guarda Municipal, que poderia representar um impacto imediato na segurança, se desdobra lentamente enquanto os cidadãos aguardam medidas efetivas contra o aumento da violência.
A realidade das ruas mostra uma Sorocaba onde furtos, roubos e crimes patrimoniais seguem em alta, enquanto a GCM continua com um efetivo reduzido. O tempo de resposta a ocorrências e o patrulhamento ostensivo ainda são limitados pela falta de agentes, e a estratégia de contratação gradual levanta questionamentos: por que a prefeitura não agiliza o processo, se a necessidade é urgente?
Além disso, a justificativa da gestão municipal para o cronograma prolongado não tem sido suficientemente detalhada. Há falta de estrutura para treinar mais guardas de uma vez? A questão é orçamentária? Enquanto isso, a população, que votou acreditando na promessa de um reforço expressivo e rápido na segurança, continua esperando.
Os próximos meses serão decisivos para verificar se a administração municipal irá acelerar o ritmo das contratações ou se continuará adotando uma abordagem lenta, enquanto a cidade enfrenta problemas de segurança que exigem soluções imediatas.