Engajamento, visibilidade, curtidas e likes — parece que essa é a real prioridade do Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Maganhato. Já alertei em conversas particulares: nem tudo na vida pública se trata de gerar engajamento. Você está perdendo o controle, e seus vídeos, cada vez mais forçados e caricatos, beiram o ridículo. É inevitável: a busca desenfreada por estar “em alta” cobra um preço, e a conta está chegando.
Não foi uma, nem duas vezes que te avisei: sua equipe é fraca. E não apenas fraca, mas perigosa em vários aspectos. Há um terapeuta colocado em posição na área de segurança — algo completamente desconexo. Uma responsável pela cidadania que mentiu ao afirmar que havia diversos registros de roubo na SECID para difamar o Caixeiro. No meu protocolo, ela apresentou apenas dois boletins de ocorrência. E ainda assim, foi denunciada ao Ministério Público por negligenciar a abertura de B.O.s dos próprios crimes que ela documentava.
Te avisei com clareza: essa equipe desqualificada um dia te colocará em situação vexatória. Seja por omissão, por tragédia ou por irresponsabilidade em busca de curtidas. Quando te falei isso, sua resposta foi que você é “servo de Deus” e que nada te afetaria. Mas, Prefeito, te pergunto: você realmente acredita que o choro de uma mãe que perdeu seu filho por negligência da sua gestão seria um caminho abençoado? Subir ao monte para orar não te isenta de responsabilidade. Isso não te transforma em Moisés. Descer do monte e correr para gravar mais um vídeo promocional, incentivando jovens e crianças a frequentarem praias sem estrutura ou salva-vidas, durante um ponto facultativo, é um ato de irresponsabilidade — não de fé.
Um dos seus próprios secretários me disse: “Vamos aproveitar, o Manga é um foguete subindo.” E eu disse: “Todo foguete que sobe, um dia desce. E alguns têm, dentro de si, o próprio dispositivo de autodestruição.”
Pois bem. Parece que o seu foi acionado. A trajetória que poderia ser promissora começa a se desfragmentar no céu. Um dia, Polícia Federal. No outro, bloqueio de bens. Depois, o bloqueio de bens da Sirlange Rodrigues Frate Maganhato. Em seguida, apreensão de dinheiro na casa do cunhado — o mesmo que era dono da SW4 em que você desfilava como Prefeito.
Essa não é a trajetória de um servo de Deus. É a de alguém que trocou o chamado público pela vaidade digital.