A cidade de Sorocaba testemunha mais um episódio lamentável envolvendo a gestão do Prefeito Rodrigo Manga. Em meio a denúncias, operações policiais e declarações públicas imprudentes, a violência bateu à porta de uma das pessoas mais próximas ao núcleo político do chefe do Executivo: a tesoureira do Partido Republicanos na cidade foi alvo de um assalto brutal, que por pouco não terminou em tragédia.
Inicialmente noticiado pela imprensa local como um sequestro, o crime foi, na realidade, um roubo seguido de retenção da vítima. A informação foi confirmada por uma fonte da Polícia Civil envolvida diretamente na investigação.
Os criminosos — um grupo armado de cinco pessoas, entre eles um integrante com passagens por homicídio e tatuagens do Primeiro Comando da Capital (PCC) — reteram a mulher, depois levaram ela até sua residência, reviraram o imóvel e exigiram informações sobre o paradeiro de uma grande quantia em dinheiro. Um dos bandidos chegou a afirmar que ela “sabia onde estava a caixa com o dinheiro”, fazendo referência direta a uma quantia em espécie que teria sido apreendida e, supostamente, devolvida recentemente segundo a informação do grupo.
Essa ligação não é mera coincidência. Em entrevista concedida à rádio Jovem Pan no dia 11 de abril de 2025, o próprio Prefeito Rodrigo Manga afirmou que o dinheiro apreendido na casa de seu cunhado — cerca de R$ 826 mil — teria sido devolvido após simples apresentação da declaração de Imposto de Renda. O cunhado em questão é pastor evangélico e casado com a irmã da primeira-dama de Sorocaba, Sirlange Maganhato. Veja o trecho na entrevista abaixo:
A fala pública do Prefeito, que soou como uma espécie de “existe dinheiro devolvido”, pode ter sido interpretada como uma brecha por criminosos atentos ao noticiário. O resultado: uma mulher severamente agredida, com marcas visíveis da brutalidade, conforme fotos registradas, mas preservadas por respeito à vítima.
A Polícia Civil realizou uma prisão em flagrante e continua apurando o caso. Fontes ligadas à investigação afirmam que o grupo criminoso tinha informações sobre a quantia em dinheiro e seu possível paradeiro, identificando a mulher como tesoureira do partido.
Este caso não é isolado. Ele representa o ápice de uma sequência de escândalos e atitudes irresponsáveis que colocam em risco a integridade e a vida de cidadãos comuns envolvidos, direta ou indiretamente, com o núcleo político da cidade. Fica o questionamento: quantas vítimas mais precisarão surgir até que a comunicação e a conduta do Prefeito sejam tratadas com a seriedade e responsabilidade que o cargo exige?