SOROCABA (SP) — Moradores da Vila Santana, tradicional bairro de Sorocaba, têm enfrentado uma rotina de transtornos causados pelo funcionamento irregular de um bar localizado na Rua Mascarenhas Camelo. O estabelecimento, conhecido como Bar Augusta, tem sido alvo de constantes denúncias por parte da comunidade, que relata consumo de drogas nas imediações, som alto até altas horas da madrugada e descarte de lixo — incluindo pinos de cocaína — pelas calçadas.
Durante uma recente ação de fiscalização por parte da prefeitura e da Guarda Civil Municipal, o proprietário do bar tentou intimidar os agentes públicos, questionando a legitimidade da operação e acusando suposta perseguição política. Segundo relatos, o empresário afirmou que está sendo alvo de represálias por manifestar sua oposição à construção da marginal direita da Avenida Dr. Afonso Vergueiro, uma obra que tem gerado controvérsias na cidade.
Além das irregularidades administrativas e da perturbação do sossego público, o local também foi palco de um crime grave: um homicídio ocorrido na saída do bar, recentemente noticiado pela imprensa local. O episódio acendeu um alerta entre moradores e autoridades, que cobram providências mais severas quanto à atuação do estabelecimento.
“Não dá mais para viver com barulho, brigas e a presença constante de usuários de drogas na nossa rua. Encontramos pinos de cocaína na porta de casa, é um descaso total com a comunidade”, relatou uma moradora que prefere não se identificar, temendo retaliações.
As imagens registradas por moradores e anexadas às denúncias mostram claramente a presença de entorpecentes descartados no chão. O cenário contrasta com as normas de convivência urbana e segurança que regem os estabelecimentos comerciais da cidade.

A Prefeitura de Sorocaba informou, por nota, que já notificou o bar e que novas fiscalizações serão realizadas com apoio da Polícia Militar e da GCM. “Estamos tomando as medidas cabíveis para garantir a ordem pública e o bem-estar dos moradores”, diz o comunicado.
Enquanto isso, a comunidade da Vila Santana segue esperando por uma resposta mais efetiva das autoridades e que o caso não seja tratado como disputa política, mas sim como uma questão de segurança, saúde pública e respeito à lei.